quarta-feira, 14 de outubro de 2009

FIGURAS ILUSTRES/ MOVIMENTOS SOCIO-CULTURAIS 2


CORRENTES CONTENPORÂNEAS:

PAULO FREIRE (1921-1997)
O modelo da educação torna o aluno um mero receptor de conhecimentos que lhe são depositados. A sua proposta tem como fundamento despertar a critica dos alunos, nas suas palavras inquieta-los, para Paulo Freire a missão do professor é possibilitar a criação do conhecimento, o aluno e o professor aprendem no processo de educação, para o educador o sujeito da criação cultural não é individual mas sim colectivo, Desta forma o “Método Paulo Freire” pretende ensinar os alunos a ler o mundo, o que seria ler o mundo para escrevê-lo e depois modifica-lo, no conjunto do pensamento esta presente a ideia de que tudo esta em permanente transformação e interacção.

JEAN PIAGET (1896-1980)
A educação na visão Piagetiana: deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório- motor até ao operatório abstracto.
A escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo actividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma interacção.

JEROME BRUNER (1915)
O americano Jerome Bruner acredita que a aprendizagem é um processo que ocorre internamente e não como um produto do ambiente, das pessoas ou de factores externos àquele que aprende. A teoria de Bruner privilegia a curiosidade do aluno e o papel do professor como investigador dessa curiosidade, daí ser chamada a teoria da descoberta. O método de Bruner prevê estruturações das matérias de ensino, sequência de apresentação dessas matérias, motivação e reforço. Difere de Piaget em relação à linguagem. Para ele, o pensamento da criança evolui com a linguagem e dela depende. Para Piaget, o desenvolvimento da linguagem acontece paralelamente ao do pensamento, caminha em paralelo com a lógica.

FREUD (1856-1939)
A educação deve "buscar o seu caminho entre o laissez-faire e a frustração", bem como que a "missão" da "educação psicanalítica" é fazer do educando um "homem sadio e eficiente", com vistas a que não se acabe colocando "ao lado dos inimigos do progresso".
Até na própria educação e moralidade a teoria psicanalista buscou formular interpretações, problematizando assim o excesso de poder e de repressão que o processo educacional actua sobre os indivíduos, levantando a hipótese de que várias histórias que acontecem na nossa civilização estão ligadas aos tempos em que a criança está desenvolvendo um processo de aprendizagem e de interacção social. Freud não escreveu muito sobre a influência da psicanálise na educação e até chegou a afirmar que educar é uma tarefa impossível devido à subjectividade do inconsciente de cada pessoa.

SAVIANI
Saviani conclui deixando em evidência a relação entre educação e sociedade e que a responsabilidade dos professores é a de transformar cada aluno seu para que cada um compreenda seus direitos e deveres para a efectivação de uma nação melhor para se viver.

CARL ROGERS (1902-1987)
Segundo as ideias de Rogers, a educação são como a extensão da sua teoria como psicólogo, em sua forma de trabalho vale-se da psicologia não directiva, centrada no cliente cabendo a este o seu sucesso relativo ao tratamento, nesta perspectiva o terapeuta é o facilitador do processo, no que diz respeito à educação, Rogers, diz que o processo se assemelha, cabendo ao professor o mesmo “papel” do terapeuta e ao aluno o de cliente, deste modo o professor tem como tarefa facilitar o processo de educação que o aluno conduz de seu modo. A teoria Rogeriana surgiu como uma terceira via entre o Behaviorismo e a psicanálise de Freud, por se basear numa concepção optimista de homem a teoria de Rogers ficou conhecida como humanista.

ABRAHAM MASLOW (1908-1970)
Teoria humanista da motivação - As necessidades básicas da criança devem ser atendidas antes que ele se envolva com o processo de ensino-aprendizagem proposto pela escola ressaltando o que afirma, a abordagem deve ser centrada no aluno sendo o professor um facilitador no processo de ensino aprendizagem como afirma também Carl Rogers.

VIGOTSKY (1896-1934)
O homem pode educar o homem. Considerando a importância da relação intersubjectiva para o crescimento individual, podemos dizer que o acto de educar só pode ser vivenciado pelo homem e que se realiza apenas no meio social. As características do funcionamento psicológico como comportamento de cada ser humano são construídos ao longa da vida do indivíduo através de um processo de interacção com o seu meio social, que possibilita a apropriação da cultura elaborada pelas gerações precedentes. Cada indivíduo deve aprende a ser um homem. Não basta apenas o que a natureza lhe dá ao nascer.


ALEXANDER LURIA (1902-1977)
O enfoque behaviorista reduz a educação e o ensino a uma simples exercitação.
O idealista acaba por ser um obstáculo para a compreensão científica da mente, visto que relega a um plano secundário as influências educativas por as considerar como um meio para acelerar ou retardar a “maturação natural” já predeterminada.
Fortemente criticado por a psicologia Soviética.

JEAN LUIS VIVES(1871-1932)
Contribui com temas importantes para as nossas reflexões acerca da educação do séc. XVI, como a afectividade, o conhecimento das aptidões de cada aluno, a idade ideal para iniciar os estudos, a pratica de exercícios físicos para a manutenção de um corpo sadio.
Demonstra um interesse especial pela alma e pela psicologia infantil. Interesse este que aparecia quando Vives aconselhava que as crianças, desde a mais tenra idade, fossem iniciadas no processo educativo.

SKINNER (1904-1990)
Proposta psico-pedagógica de Skinner
apresentações das informações em pequenas etapas (para que possa haver controle de cada avanço da aprendizagem) ;
exigência de participação activa do aluno (resposta) através de um sistema de avaliação ancorado na reprodução da resposta (o que significa a oposição de Skinner aos sistemas de escolha múltipla;
reforço imediato à resposta, no sentido de um feedback indicando acerto ou erro ;
autocontrole por parte do aluno (isto é, o aluno que responde correctamente às questões pode passar a módulos posteriores) .

ALBERT BANDURA(1925)
Segundo Bandura, auto-eficácia é a crença nas habilidades individuais de organizar e exercitar os recursos para administrar situações com vistas no futuro. Pesquisas realizadas na área comprovam a relação entre a crença de auto-eficácia do professor e os resultados consequentes na educação. Em relação à capacidade do professor em ensinar, por exemplo, é observado que, a partir de sua auto-eficácia, ele escolhe estratégias de ensino para manter o controle da aula.
Ainda de acordo com Bandura, a auto-eficácia dos professores aparenta ser um bom indicador de sucesso académico do aluno.

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